Alimentação para gatos – Os gatos necessitam de uma alimentação equilibrada para que se desenvolvam bem e se mantenham saudáveis. Essa preocupação deve vir desde o nascimento. Neste post, falaremos sobre a alimentação desses pequenos felinos: como oferecê-la, quais tipos de alimentação e que pote de ração e de água comprar.
Alimentação para gatos filhotes
Após o desmame do gatinho, que acontece por volta dos 40-60 dias de vida, o filhote já procura por alimento sólido. Por isso, diferente do cachorro, não é necessário fazer uma papinha na transição. Mas, caso perceba que o filhote tem dificuldade em se alimentar, ofereça sachês e vá trocando pela ração seca aos poucos. No entanto, se a dificuldade continuar e o gatinho estiver comendo pouco, entre em contato com um médico veterinário.
É uma imagem famosa a de um gatinho bebendo leite, mas não se deve dar leite ao seu gato depois que o desmame foi feito. O leite tem um grande teor de gordura que é ótima para o recém-nascido, mas desregula o intestino de um gato filhote e, principalmente, o de um adulto. Se não for uma indicação médica, não ofereça esse alimento ao seu gato.
Como deve ser a alimentação dos gatos?
É muito importante que os gatos recebam a alimentação de acordo com a sua idade e condição. Se o gato for filhote, ele precisa receber ração para filhote até chegar na fase adulta. Já se for castrado, é recomendado que receba ração para gatos castrados. Além disso, se possuir algum problema de saúde, o veterinário indicará uma ração terapêutica. Esse tipo de alimentação só pode ser dado ao gato de acordo com a recomendação de um médico veterinário.
Pesquise quais as melhores marcas de ração estão disponíveis na sua região. Perguntar ao veterinário é uma boa opção. Evite ao máximo comprar rações a granel, pois, além de não apresentarem a tabela nutricional, indicação de quantidade e validade, essas rações perdem o seu sabor e crocância ao estarem fora da embalagem. Deixe, então, a ração na embalagem original muito bem vedada ou transfira a ração para um pote que tenha ótima vedação.
Recomendação de melhores rações para gatos:
- Royal Canin
- Premier
- Golden
- Origens
Os gatos, no geral, possuem predisposição a ter problemas renais, por isso a ingestão hídrica é essencial. Assim, é recomendado que o gato receba alimentações regulares em forma de sachês. O recomendado é que todo dia o gato receba pelo menos uma refeição mais úmida. Mas se o máximo que conseguir for em dias alternados ou 3 vezes na semana, é melhor do que não oferecer.
*Dica: quando for dar o sachê ao gato, acrescente um pouco de água para que ele possa ingerir mais líquidos.
Evite comprar petiscos que tenham muitos ingredientes para os gatos. Um pedaço de carne desidratada sem sal é o melhor petisco que você pode oferecer a eles.

Existe ainda a alimentação natural que está cada vez ganhando mais espaço no mercado. A alimentação natural consiste no próprio tutor cozinhar e oferecer ao seu animal uma comida não industrializada. Se ela for equilibrada é perfeita para o animal. No entanto, essa alimentação dá bastante trabalho ao tutor que gastará mais tempo pesquisando e preparando a comida. A ração seca e úmida, se for de boa marca, já virá com os nutrientes balanceados na quantidade ideal para o animal. Na alimentação natural, o tutor precisa balancear ele mesmo esses nutrientes. Desse modo, a alimentação natural só deve ser oferecida com o auxílio de um médico veterinário nutricionista, que irá informar quais as quantidades e alimentos certos para o gato.
Como dar comida ao meu gato?
Cada animal possui um funcionamento interno diferente. Alguns nutricionistas recomendam, por exemplo, que humanos comam de 3 em 3 horas. Já para os cães, o recomendado é de 12 em 12 horas. Assim, os gatos têm o seu próprio relógio biológico. Caso fiquem muito tempo em jejum, pode acarretar uma alteração no fígado. Por isso, o ideal é que o gato coma 6 vezes ao dia. O tutor deve observar na tabela, no verso da embalagem, a dose recomendada de acordo com o peso. Essa quantidade de comida é para o dia inteiro, logo é preciso dividir essa quantidade em seis.
É importante estabelecer esses horários para que a alimentação dos gatos tenha uma rotina. Os gatos não costumam gostar de surpresas, e sim do conforto habitual. E acredite: eles sabem que horas são e vão cobrar a comida. Além disso, é importante que a comida seja recolhida depois que o gato parar de comer. A comida exposta por muito tempo perde a crocância, sabor e cheiro, e também fica à disposição de moscas, de ratos e de outros seres que podem transmitir doenças.
Acompanhe as refeições
Caso tenha mais de um gato, é de suma importância que vigie enquanto comem e recolha o que não comeram. Se apenas oferecer a comida e for embora, você não saberá o quanto cada um está comendo. Pode acontecer de um gato estar sem comer durante 2 dias por causa de alguma doença e você não perceberá. A primeira pergunta que todo veterinário faz em uma consulta é o quanto seu animalzinho está comendo, e, se você não souber responder, dificultará o diagnóstico e atrasará o tratamento.
Parece que demora muito tempo, mas depois que os gatos se acostumam ao horário e percebem que só terão comida nesse momento, rapidinho entram no ritmo e você só terá que vigiá-los por 4 minutos mais ou menos. Se você não dispõe de 20 minutos para cuidar dos seus gatos, é melhor não ter nenhum.
Comedouros e bebedouros para gatos
A “sala de jantar” também precisa de atenção especial. Os gatos não gostam que a comida fique perto da água, portanto coloque o pote de água em um canto distante da comida. É bom espalhar alguns potes de água pela casa, mas nunca perto da caixinha. Mesmo que você só tenha um gato, coloque uns dois ou três potes pela casa: um na sala, outro na cozinha e mais um no corredor.
Caso tenha mais de um gato, será preciso que possua um pote de comida para cada gato e um pote de água para cada um também, para que não haja disputa. É recomendado oferecer bastante água, pois é muito comum problemas renais nessa espécie. Somado a isso, alguns gatos não gostam de beber muita água ou são muito exigentes com ela, o que nos leva ao próximo tópico.
Qual pote de água e de comida escolher para os gatos
O pote de comida deve ser ergonômico, isto é, o pote deve ser mais largo que fundo para que as bordas do pote não batam nos bigodes, o que causa estresse. Além disso, ele deve estar na altura correta, na linha do cotovelo, para não prejudicar a coluna do gato com o tempo. Caso o seu gato tenha a mania de comer muito rápido, você pode escolher um comedouro labirinto.

Já o pote de água não precisa ser ergonômico, visto que para a água é melhor que seja mais fundo. Portanto procure por potes mais largos para que os bigodes não encostem nas bordas. Além disso, o bebedouro também deve estar na mesma altura que o cotovelo. Agora, quanto ao material, dê preferência a potes de alumínio, de louça ou de pedra. Esses tipos de pote mantêm melhor a temperatura.
*Dica: caso esteja tendo dificuldade em achar potes na altura certa, improvise colocando um tijolo ou toco de madeira para que o pote alcance o tamanho ideal. De toda forma, recomendo este tipo de pote de ração:
Água corrente
Fora o bebedouro, é recomendado que o gato tenha acesso à água corrente, visto que é instintivo do gato desconfiar de água parada. Na natureza, poças de água não são limpas e podem indicar contaminação. Assim, invista em uma fonte de água. Mas, caso esteja preocupado com o gasto de luz, ligue a fonte só por algumas horas do dia, quando ele estiver mais ativo.
Agora que você já aprendeu sobre a alimentação para gatos, que tal você ler também o post sobre o banheirinho deles, isto é, a caixinha de areia? Também tem dicas bem legais por lá. Clique aqui.
E não se esqueça de deixar seus comentários. Sua opinião é muito importante para nós. Até a próxima.
Sobre a autora:
Luana S. Ramos é estudante de medicina veterinária no Distrito Federal e é apaixonada pelos animais desde pequena, por isso está adotando o veganismo como estilo de vida. É tutora de 8 cachorros, 6 gatos e 2 coelhos.
