PEIXES DE AQUÁRIO

A beleza do aquarismo

Quem nunca parou na frente de um aquário para admirar a beleza daquele ambiente? As cores vibrantes dos peixes e suas formas surpreendentes, juntamente com as plantas e a decoração do aquário hipnotizam tanto crianças como adultos.

Um aquário bem montado e bem cuidado transmite mesmo uma sensação de paz. Tem o poder de trazer para uma sala um pedacinho da natureza. Se não prestarmos atenção, podemos perder vários minutos assistindo, ali parados, àquela paisagem do fundo de um rio ou do mar, tentando perceber cada detalhe.

Aquarismo é a prática da criação de peixes em aquário. Essa definição não poderia ser mais simples. Sem querer assustar quem pretende ter um aquário, até porque todo o esforço valerá muito a pena, a tarefa de se criar peixes de aquário, não tem nada de simples, requer dedicação e responsabilidade.

 Aqui, nesse post, você aprenderá o básico da criação de peixes de aquário, das plantas e da decoração, dos equipamentos necessários, dos cuidados principais, entre outras informações. Porém, antes de tudo, preciso responder a algumas perguntas que, com certeza, você está se fazendo agora.

Ter um aquário custa caro?

  • Sim e não. Você pode ter um aquário de água doce simples, de tamanho pequeno, com peixes mais comuns e equipamentos com preços mais acessíveis. Será um ótimo início no aquarismo e você aprenderá muito. Por outro lado, existem aquaristas que optam por aquários marinhos gigantescos, com espécies exóticas num habitat super controlado. Assim, há aquário para todos os gostos e todos os bolsos.    

Tenho outros animais em casa. Posso ter um aquário?

  • Sim, porém você precisa ter certos cuidados. Animais mais curiosos, provavelmente, vão querer examinar o aquário mais de perto, o que pode ocasionar certos “incidentes”. Os aquários precisam ser bem tampados para evitar gatinhos “mergulhadores”. Talvez seja necessário uma rede de segurança para dividir os ambientes. Filhotes introduzidos em ambientes com aquários já instalados tendem a não dar problemas.    
Gatinho olhando para peixes de aquário.

Não é maldade ter peixinhos em aquários?

  • Não, desde que você tenha em vista o bem-estar dos peixes. Cada espécie de peixe de aquário tem algumas necessidades específicas, como temperatura da água, acidez, quantidade de peixes por litro, alimentação, compatibilidade, entre outras. É! Não é só comprar o peixe e jogar numa caixa de vidro com água. O aquarismo exige dedicação, responsabilidade e bastante estudo também.

Aquários podem quebrar?

  • Sim! Principalmente os que forem feitos de vidro. Os vidros dos aquários devem possuir medidas específicas para aguentar o volume de água e mais o peso dos peixes, da decoração e do solo. Por isso, você deve comprá-los em lojas especializadas. E lembre-se, também, de que o móvel em que for colocado o aquário deve suportar o peso de tudo isso. 

Mas e quando eu for viajar? Quem vai dar comida?

  • Caso seu aquário já esteja estabilizado, você poderá ficar fora por 1 ou 2 dias sem se preocupar. Os peixes não precisarão ser alimentados. Se a viagem for mais longa, existem no mercado rações que se dissolvem lentamente, liberando a comida para os peixes. Para os mais abonados, também existem temporizadores para alimentos. Agora é importante ter alguém que possa verificar sua casa, para checar se tudo vai bem, principalmente porque alguns equipamentos elétricos terão que ficar ligados o tempo todo.

E é bom mesmo ter um aquário?

  • Essa é a mais fácil de responder…SIM! Ter um aquário é muito bom. O aquarismo é um hobbie envolvente! É uma decoração maravilhosa! Acalma as pessoas. E para as crianças, um aquário é fantástico: ensina responsabilidades para aquelas que forem iniciadas nesse hobbie. Permite um maior envolvimento familiar quando pais e filhos se divertem juntos cuidando dos aquários. Serve de apoio à educação, na medida que ensina sobre a ecologia e a biologia que envolve um aquário. E, ainda, trabalha as emoções quando se perde um peixinho. É, isso, às vezes, acontece.

Agora que você já sabe que pode e deve ter um aquário, vou te apresentar o básico da criação de peixes em aquários. Vamos lá!

Água doce ou água salgada?

Essa é a primeira decisão que você tem que tomar. Um aquário de água doce atenderá às espécies de peixes que vivem em rios e em lagos. Esses aquários tendem a ser menos dispendiosos, enquanto que os aquários marinhos já vão exigir cuidados mais específicos, tais como um sistema de filtragem mais eficiente, iluminação e amplo controle dos parâmetros de qualidade da água. Nesse post, iremos analisar melhor as necessidades de aquários de água doce.  

Como escolher o aquário

Os aquários que normalmente encontramos nas lojas são produzidos com placas de vidro ou então de acrílico moldado. Podem ser de vários formatos: retangulares, redondos, curvos, etc. Você deverá escolher o aquário já pensando nas espécies, e nas quantidades e tamanhos de peixes que você quer ter. 

Os aquários podem ser identificados pelas suas medidas, normalmente em centímetros, ou pelo seu volume de água. Saber as dimensões do aquário é importante para você estudar onde seu aquário vai ficar em sua casa, se ele vai caber em cima daquele móvel que você está pensando.

Por exemplo: você pode encontrar uma etiqueta com: 80X30X50 (comprimento X largura X altura). Assim seu aquário terá 80 cm de frente, uma largura de 30 cm e uma altura de 50 cm. E quantos litros isso tem? Fácil! Multiplique esses números e você vai encontrar 120.000. Corte esses três zeros finais e você encontra o volume em litros: 120 litros.  

Cuidado com o peso do aquário

Tenha em mente que um aquário depois de montado pode ficar muito pesado. O aquário desse exemplo anterior chegaria fácil aos 130 kg! Então pense bem onde você vai colocá-lo. O móvel precisa ser resistente e firme, isto é, não balançar. Pense na ideia de comprar um móvel específico. As lojas normalmente oferecem essas bases. 

Lembre-se, também, de escolher um local definitivo para o aquário, por dois motivos. O primeiro deles é que dá muito trabalho mudar o aquário de posição! Provavelmente você terá que esvaziá-lo parcialmente para diminuir seu peso e evitar derramar a água e, assim, conseguir transportá-lo. O segundo motivo, e você vai perceber a importância disso mais para frente, é evitar alterar o equilíbrio biológico do aquário. Uma mudança de local provavelmente vai alterar a iluminação do mesmo e estressar os peixes. Quanto menos você mexer num aquário, melhor!

E por último: mantenha sempre seu aquário tampado pois muitas espécies são saltadoras e ninguém quer encontrar um peixinho no chão da casa. Espécies como o espada pulam com frequência. 

Iluminação

A iluminação de um aquário é muito importante. Não é só para você enxergar os peixes, vai muito além disso, principalmente se você decidir colocar plantas reais no aquário. 

Tanto os peixes quanto as plantas precisam de uma iluminação adequada. Para as plantas, a iluminação favorece o seu crescimento e o processo de fotossíntese. Para os peixes, segundo estudos, ela influencia na fixação de certas vitaminas e nutrientes no organismo, colaborando de maneira geral com a saúde dos animais.

Vale salientar que a iluminação deve considerar o tamanho do aquário. Como normalmente as lâmpadas são colocadas sobre o aquário, quanto mais alto ele for, maior terá que ser a penetração da luminosidade. Existem lâmpadas específicas para uso em aquários.

Outro detalhe, ainda, é o tempo de exposição à luz. Pense que o aquário deve ser uma reprodução do ambiente natural dos peixes, então cada espécie terá necessidades diferentes.  Em média, raciocine com 8 horas de luz por dia. Muita luz proporcionará um crescimento descontrolado de algas. Pouca luz afetará o desenvolvimento das plantas e peixes.

Equipamentos

Além da iluminação, existem alguns outros equipamentos que você terá que adquirir para montar seu aquário. Vamos citar alguns deles:

Termômetro e Termostato

O termômetro é imprescindível para você poder verificar a temperatura da água do aquário. Ele pode ser de vidro, de fita ou de cristal líquido. Cada espécie de peixe possui uma faixa de temperatura mais adequada ao seu desenvolvimento. O termostato é um aquecedor que manterá a temperatura conforme a regulação que você fizer nele. Quando a temperatura da água baixar, ele vai ligar, aquecer a água e se desligar sozinho.

Filtros

Todo e qualquer aquário deve possuir, ao menos, um sistema de filtragem, que pode ser simples ou bastante complexo. Os filtros são responsáveis por retirar da água substâncias que podem poluir a água e prejudicar a saúde das plantas e dos peixes. Existem filtros mecânicos e biológicos, externos e internos. Conforme o tamanho do aquário e a sua natureza, isto é, de água doce ou marinho, você deverá escolher o sistema de filtragem mais adequado. Seu lojista poderá orientá-lo nesse aspecto. 

Compressores e aeradores

É um erro bastante cometido por quem não é iniciado no aquarismo pensar que são aquelas bolhinhas as responsáveis por colocar oxigênio na água. Ledo engano. A bombinha de ar, isto é, o compressor, ele injeta ar através dos aeradores para criar aquelas bolhas e produzir um leve movimento na água. E é essa movimentação na superfície da água a maior responsável pela troca do gás carbônico e do oxigênio. Além disso, certas espécies de peixes de aquário apreciam muito essa movimentação.

Montagem do aquário

Agora que já falamos sobre tudo (quase tudo!), vamos montar nosso aquário. O ideal é que você lave seu aquário primeiro. Só com água mesmo, sem detergente ou sabão. Antes de colocar o aquário no local escolhido, coloque uma placa de isopor para evitar atrito e trincas. Seu aquário não deve receber diretamente a luz do sol. Prefira um canto da sala ou quarto.

Solo

Antes da água, você deve colocar o solo que for do seu interesse. Você deve decidir, previamente, se terá um aquário com plantas reais ou não. Existem vários tipos de solos, desde areia pura, passando por cascalhos e seixos, até solo especiais para aquários que priorizam as plantas.   

Além do solo, você pode e deve colocar objetos de decoração para aquários ou mesmo algumas pedras de formatos e tamanhos apropriados para decorar o ambiente e criar espaços como pequenas tocas para descanso, esconderijo e proteção

Algumas espécies de peixes podem usar as pedras para fixar seus ovos. É muito legal observar o zelo destas espécies tomando conta de seus ovos para que nenhum outro peixe os coma. 

Plantas

As plantas são um universo inteiro. Existem inúmeras variedades de plantas. O ideal é que você harmonize todo o ecossistema que você irá criar. Dê preferência às plantas que realmente existam no habitat natural das espécies de peixes que você escolheu, mas como nem sempre isso é possível, também cabe uma variação. Entretanto, observe que existem peixes que cutucam as plantas e podem arrancar as que não tiverem raízes profundas. Estude as espécies e seus hábitos antes de comprá-las.

Elódea, Cabomba, Valisnéria, Musgo de java, Salvinias, Rabo de Raposa são algumas das plantas usadas em aquários. A variedade, como já falei, é enorme

Além de deixar qualquer aquário muito mais atraente, as plantas ajudam a condicionar a água e, ainda, podem fornecer abrigo para filhotes e espécies menores de peixes.

Da mesma forma que os peixes, as plantas se desenvolverão melhor em águas semelhantes onde as encontramos na natureza. Nesse sentido, a temperatura, a alcalinidade e a iluminação deverão ser consideradas. Você deverá saber implementar isso no seu aquário.

Água

Acho que não preciso dizer, mas a água e a sua qualidade devem ser a maior preocupação do aquarista. Os peixes irão viver nela, então ela deverá ser alvo constante de sua observação e análise

Para encher o aquário, o ideal é que você retire o cloro da água. Para isso, use uma água descansada, isto é, uma água que você já reservou por alguns dias em uma caixa. Também é possível usar a água da chuva. Ou, ainda, a água quente do chuveiro logo depois de esfriar. 

Quando for encher de água o aquário, use um aparador para desviá-la, como um prato, uma placa ou mesmo a mão, para que a água não fique turva e não arranque a decoração e as plantas.

Parâmetros da água de um aquário

A composição química da água também faz diferença para os peixes e as plantas. A água de cada região do planeta tem características próprias e os peixes e plantas que ali vivem estão adaptados a essas características. Dessa forma, devemos buscar aproximar ao máximo aquelas características ao nosso aquário, principalmente quando se deseja a reprodução dos peixes.

Vamos ver as características que você deverá observar em seu aquário:

Escala de pH:

Essa escala indica a acidez ou alcalinidade da água. Essa escala vai de 0 a 14. Água ácida: de 0 a 6,9; Água neutra: 7,0; Água alcalina: 7,1 a 14. Cada espécie vive melhor em determinada faixa de pH.

A acidez da água do aquário pode variar ao longo do tempo por diversos motivos: restos de comida, tipo de solo escolhido, iluminação excessiva e a proliferação de algas. Você deverá aprender os métodos de estabilização do pH.

Encontra-se facilmente no mercado o teste colorimétrico para medição do pH. Faça o teste semanalmente.    

Temperatura:

Como já foi falado, a temperatura da água deve ser adequada às espécies em seu aquário, e mantida constante com o auxílio de um termostato. De maneira geral, os peixes tropicais vivem na faixa de 24º a 30º. Verifique a temperatura ideal para os peixes que você escolher.

Dureza (DH):

A quantidade de minerais dissolvidos na água dão essa característica de dureza. Quanto mais minerais na água, mais dura ela será. Existem algumas formas de deixá-la mais mole, uma delas é misturar com água da chuva. A dureza da água pode ser medida por um teste próprio vendido nas lojas ou por equipamento especializado.

Oxigênio:

Necessário à sobrevivência dos peixes, você deverá providenciar uma leve movimentação na água porque isso será suficiente para prover esse oxigênio. Os filtros e aeradores farão isso para você.

Ciclagem do aquário:

Este tópico merece um post a parte, mas, por enquanto, vamos fazer “en passant”. Bem, ciclagem refere-se ao ciclo de nitrogênio dentro do aquário. Os dejetos dos peixes acabam por introduzir amônia nesse ambiente. Essa amônia deveria ser transformada em nitrito por bactérias existentes no ambiente. E, depois disso, um outro grupo de bactérias transformaria esse nitrito em nitrato. O problema é que um aquário recém montado não possui nenhuma dessas bactérias e tanto a amônia quanto o nitrito são nocivos aos peixes. O nitrato não é tão nocivo, e pode ser controlado pela simples troca parcial da água (25%) quinzenalmente.

Assim, será importantíssimo você montar seu aquário e colocá-lo para funcionar sem peixe algum. Esse período deve durar pelo menos uma semana. Após isso, você poderá colocar alguns pequenos peixes conforme o tamanho do seu aquário. A ideia é que esse pequeno grupo comece a produzir a amônia, mas em pequena quantidade, e, assim, permitir o desenvolvimento natural das bactérias. Após algumas semanas, você poderá acrescentar mais alguns peixes. O processo de ciclagem deverá se concluir por volta da 6ª semana e, aí então, você poderá considerar seu aquário estabilizado. É claro, se tudo correr bem. Se quiser, você pode realizar a medição dos níveis de amônia adquirindo kits no mercado para esse trabalho.

Bateria de aquários decorados em loja de peixes
Foto de Tasha Kostyuk na Unsplash

Decoração

A decoração é um fator muito pessoal. Cada um monta o aquário segundo sua estética, porém, lembre-se de que primeiro você deve ter em mente a criação de um espaço adequado e saudável para os peixes. Eu, por exemplo, gosto de aquários decorados apenas pela vegetação e pedras que imitam o habitat original dos peixes, mas itens como barquinhos, castelos e outros deixam um aquário mais lúdico, principalmente para as crianças.

Tais peças de decoração devem ser próprias para aquários. Devem ser atóxicas, não podem soltar tinta nem cheiro, não devem ter pontas capazes de machucar os peixes, nem ser capazes de prendê-los. Seja cauteloso!

Alimentação

A alimentação para os peixes pode ser dividida, de maneira geral, em produtos industrializados, alimentos naturais e alimentação viva. Existe uma grande variedade de produtos industrializados para poder atender às diferentes necessidades e hábitos dos peixes. Dessa forma, você poderá oferecer uma alimentação balanceada e apropriada para cada espécie, pois existem peixes que comem na superfície da água, outros no fundo, outros no meio. Estude os tipos de alimentação mais adequados para as espécies que você irá adquirir.

Doenças no aquário

Mesmo buscando oferecer as melhores condições para nossos peixes, eles também ficam doentes. Essas doenças podem chegar ao aquário quando da introdução de novos peixes ou plantas que já estavam contaminados, ou mesmo pela troca da água ou pelo próprio ar.

Saber identificar um problema no comportamento dos peixes pode ser fundamental, pois caso o aquarista não perceba uma doença se instalando no aquário, ela poderá infectar toda a biologia ali existente. Então, observe o comportamento dos seus peixes.

Os peixes normalmente adoecem por dois motivos: pela presença dos agentes nocivos e pela diminuição da imunidade de um peixe, normalmente provocada pela falta de cuidado do próprio aquarista com a alimentação, limpeza do aquário, introdução de espécies não compatíveis, etc.

Os peixes podem ser contaminados por vírus, bactérias, fungos e protozoários, provocando sintomas e comportamentos característicos.

Tipos de doenças

  • Íctio: pontos brancos no corpo e nadadeiras fechadas.
  • Oodinium: doença do veludo.
  • Hidropsia: peixe inchado.
  • Fungos: tufos de algodão na boca.
  • Exoftalmia: olhos saltados.
  • Decomposição das nadadeiras: nadadeiras roídas.

Para o tratamento de peixes contaminados, deve-se analisar cada caso e definir se é melhor tratar os doentes em um aquário-hospital, isto é, um aquário específico para tratamento de peixes doentes. Isso porque a introdução de medicamentos no aquário principal pode alterar todo aquele ecossistema.

Esse é um assunto muito vasto e delicado. Estude e consulte seu lojista de confiança. No mercado, há produtos para o tratamento de doenças, mas não se precipite. Uma troca de água e uma pequena elevação da temperatura, às vezes, já são suficientes para revitalizar os peixes.

Dicas para o aquarista

  1. Se você fizer manutenções regulares em seu aquário, você provavelmente NUNCA precisará esvaziá-lo totalmente!
  2. Em urgências, você pode usar a água quente do chuveiro para colocar no aquário. Só precisa esperar esfriar.
  3. A alimentação deve ser dosada para os peixes comerem rapidamente. Os peixes pararam de comer e sobrou comida? Retire!
  4. A potência do termostato é regulada conforme o tamanho do aquário. De maneira geral, você deve considerar 1 watt por litro, isto é, para aquários de 50 litros você deve usar um termostato de 50 watts.
  5. Quando você for comprar um aquário, pense que você terá que fazer a manutenção dele. Então se o aquário for muito alto, provavelmente você terá que usar alguma haste para ajudar na limpeza do fundo.
  6. Lave bem as mãos e as unhas antes e depois das manutenções.
  7. Para os iniciantes do aquarismo, já aviso que você não vai parar no primeiro aquário. Logo virá o aquário-hospital. E mais um pouco, o aquário-maternidade.
  8. Caso você tenha interesse na reprodução dos peixes, você deve se preocupar com a sobrevivência dos alevinos. Existem pequenos aquários chamados de “criadeiras”. Eles permitem a passagem dos ovos e filhotes para que as fêmeas não os comam. Com algumas espécies, eu coloco bolinhas de gude no fundo para os alevinos se esconderem.
  9. A artêmia-salina é uma espécie de crustáceo bem pequeno que pode ser oferecido aos peixes adultos e aos filhotes. Você pode comprá-las vivas nas lojas, ou os seus ovos (cistos) para eclodir em casa.
  10. Estude!

Conclusão

Ufa! Quanta coisa, né? Sim. Eu concordo, mas não desanime. Esse é o preço para se ter um pedacinho da natureza dentro de casa, uma peça de decoração maravilhosa, um ecossistema inteiramente mantido por você! Quando os primeiros alevinos surgirem, por você ter conseguido oferecer aos peixes um habitat adequado para que eles se reproduzam, o orgulho ficará estampado em seu rosto. Não existe nada mais satisfatório do que acompanhar o desenvolvimento dos filhotes, desde ovos ou alevinos, até a fase adulta.

Mas, lembre-se! Você passará a ser responsável por aqueles seres vivos. Eles dependerão totalmente de você. Então, antes de tudo, pense bem se você será capaz de assumir essa responsabilidade. Caso você decida que sim, seja bem vindo ao maravilhoso mundo do aquarismo!

Autor: Alberto Ramos

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